Há 18 anos foi aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Agora temos alguns anos para aprendermos as novas regras. Só que as reclamações não param, principalmente entre o pessoal mais velho – que já achava difícil aprender e agora é desafiado a desaprender e aprender novas regras.
Algumas pessoas dizem que não vão aderir. Gostaria de poder ser ‘rebelde com causa’, mas até por conta da minha profissão (aliás, das duas formações: Comunicação e Psicologia), não posso me dar a este luxo. Perdoem os erros que eu vier a cometer aqui, por força do hábito.
O que mais me entristeceu neste acordo foi a queda do trema. Gostei da reincorporação das letras ‘estrangeiras’ (K, W, Y) mas, e as novas regras do hífen? Achei pavorosas. Os acentos diferenciais, que pouca gente sabia mesmo usar, caíram. Mas nem todos! Então, a confusão vai continuar ou piorar.
Foi dito que o acordo – com letra minúscula propositalmente, para não prestigiar 😉 – surgiu para evitar prejuízos comerciais ao Brasil e demais países que falam o Português. A Torre de Babel continua firme e forte.
Mas não posso deixar de considerar uma medida burra. Não seria mais simples ter bons revisores para os tais acordos? A medida acaba de condenar milhões de documentos, livros, jornais a uma repentina obsolescencia (já nem sei se acentuada ou não). Se você, ao ler isto, lembrar de algum bom motivo a favor do acordo, me diga…
Ah, mas pode-se argumentar que reformas já foram feitas antes, entre a minha alfabetização e a dos meus pais. A língua evolui, não podemos engessá-la. Porém, temos a questão da ecologia, mais premente agora. Não duvido muito de que algumas pessoas obsessivas vão querer substituir seus livros… Mas, acima de tudo, acho que a motivação principal não vai ser atendida: não consigo acreditar que os erros e prejuízos serão extintos!
E você? Vai aderir a qual das causas?