Até a Eternidade (no original, Les petits mouchoirs) é uma comédia dramática francesa, de 2010, que trata da amizade de pessoas adultas.
Só a sequência inicial, rodada em Paris, valeria a ida ao cinema. Além disto, questões sobre amizades, finitude e valores fazem valer a pena assistir ao filme.
Dirigido por Guillaume Canet, tem um elenco fortíssimo. Os mais conhecidos são a atriz Marion Cottilard – que recebeu o Oscar em 2000 pelo seu papel título em Piaf – e François Cluzet, que ficou mais conhecido no Brasil por Intocáveis. Mas também podemos ver Jean Dujardin, protagonista de O Artista, em uma pequena participação
Resumo
Um grupo de amigos, moradores de Paris, tem a tradição de passar férias na casa de praia de Max (Cluzet). Não fica claro onde a turma se conheceu. Basta saber que eles se reúnem há anos, apesar das diferenças.
Logicamente há personalidades bastante diferentes e haverá momentos tensos entre eles. Mas a amizade faz superar as diferenças.
Alguns destes amigos são casados e têm filhos pequenos. Max, dono da casa, é extremamente estressado e obsessivo. Tem padrões inflexíveis e é muito duro com amigos e familiares, deixando-os desconfortáveis.
Porém, às vésperas da viagem, um dos amigos mais animados se acidenta e fica em um CTI, em Paris, gerando algumas das reflexões mais importantes do filme
https://www.youtube.com/watch?v=12q19gzdknM
Amizade como um valor
Pessoas que têm uma vida significativa, valiosa, em geral têm bons relacionamentos. A amizade é um tipo de relacionamento dos mais valiosos, como demonstra o psiquiatra Robert Waldinger, que apresenta os resultados de uma pesquisa extensa sobre o que é uma vida boa .
Com os amigos a gente aprende a respeitar as diferenças, a negociar. Por vezes, o rompimento de uma amizade pode trazer uma dor mais profunda do que o término de um relacionamento amoroso.
Mas, claro, há os momentos tensos. Como em vários outros filmes sobre reencontro de amigos adultos, assistimos às crises que a convivência estreitada muitas vezes trazem.
Fatos passados há muito tempo também são revelados – ou questionados. No entanto, não se carrega no drama, havendo mais momentos de humor (apesar de acridoce).
Até a Eternidade pode servir como filmoterapia. Trata não só de amizades, mas também sobre relacionamentos amorosos e de família. E também faz pensar sobre a finitude e a forma como se leva a vida, dia após dia.
_____________
Thays Babo é Mestre em Psicologia Clínica (Puc-Rio), na linha de Família e Casal. Tem formação em TCC pelo CPAF-RIO e extensão em Terapia de Aceitação e Compromisso pelo IPq (USP).
Atende a jovens e adultos em terapia individual, terapia de casal ou pré-matrimonial, em Copacabana.
Durante a pandemia de Coronavírus, os atendimentos são exclusivamente online.
Oi, Thays
Sempre vale a pena seguir suas dicas. Vou conferir.
bjks
Mariana
Obrigada, pela visita e pelo comentário, Mariana! beijos!
O filme é bonito visualmente, de fato: as primeiras cenas revelam as ruas de Paris, ao amanhecer… Lindo, lindo… E os atores? Hummmm… Mas o que chama atenção é a forma como um grupo de amigos se relaciona – e é essa dinâmica que o filme mostra de modo sensível – bem, às vezes beirando a um certo drama. Aqueles parisienses têm estilo e história pra contar…