Comer rezar amar fez tanto sucesso nas livrarias que  virou filme. Conta a história verídica da jornalista americana Elizabeth Gilbert, que entra em uma crise existencial e sai pelo mundo.

Liz começa questionando seu relacionamento atual, bem como os anteriores. Ao decidir deixar o namorado, parte em busca de si mesma, em um ano sabático. Decide, então, viajar para três países: Itália, Índia e Indonésia (Bali). A escolha dos países foi feita pelo fato dos nomes destes começarem com a letra I (o pronome Eu, em inglês). Ou seja “I first” – eu primeiro. Para quem estava com dúvidas sobre quem se era, a escolha não poderia ser melhor.

Críticas comuns ao filme

As críticas sobre Comer, rezar, amar focam nos  estereótipos usados, principalmente em relação à Itália. Também sobram críticas ao elenco: apesar do prestígio de Julia Roberts e Javier Bardem, estes não teriam convencido muito em seus papéis (ainda mais quando se sabe que o ator espanhol interpreta um brasileiro).

Para nós, os aspectos cinematográficos não importam. Caso você ainda não tenha visto o filme,  cuidado com os spoilers, depois do trailer.

Não é uma comédia romântica

Comer, rezar, amar é sobre transformação e aprendizado. Não é recomendável para quem quem quer viver na mesmice e no conforto ou uma vida acelerada  a mil por hora.

Um dos grandes aliados na vida de Liz, para mudar a vida na direção do que queria, é o aprendizado da meditação que ela começa a praticar após sua temporada na Itália. É interessante ver que no início, é difícil, mesmo. Até porque ela saiu de um mundo totalmente materialista para dentro de um ashram, na Índia. As condições ambientais não eram confortáveis.

Quem começa a praticar meditação enfrenta dificuldades iniciais, para  implantar a rotina na vida diária, podendo se identificar com Liz, no ashram.

Por que Comer, rezar e amar é  filmoterapia?

A indicação aqui é justamente pelos  últimos 5 minutos do filme, quando ela finalmente percebe o que ela vem fazendo de errado com ela mesma.  

eat

O momento “pulo do gato”, que faz valer assistir ao filme, é  quando ela ouve o que o xamã lhe diz, sobre equilíbrio. É a melhor lição que ele poderia dar.

Serve não só a ela como a todos que se empenham na batalha diária da vida, entre desapego e apego, dever e prazer, produzir e contemplar. Certamente, uma das mais difíceis de se aprender ao longo de toda uma vida. 

Para quê meditar?

A meditação tem sido  indicada por  profissionais da saúde física e mental (como psiquiatras e psicólogo/as) como aliada nos tratamentos de ansiedade e depressão, por exemplo. Com a prática, aprende-se a regular as emoções mais facilmente. Inúmeros estudos comprovam as mudanças que acontecem, com a prática continuada, no cérebro.

Se você quer saber mais detalhes sobre meditação, clique aqui.

E você? Como lida com as mudanças na sua vida?  O que você faz para  regular as suas emoções? Já experimentou começar uma prática? Aqui no blog existem outros textos sobre o tema.

Caso se interesse em começar uma prática, agende sua consulta. 

  ____________________

Thays Babo é Psicóloga Clínica, Mestre pela Puc-Rio na linha de Família e Casal. Fez formação em TCC no CPAF-RIO e extensão em Terapia de Aceitação e Compromisso no IPq (USP). Atende a jovens e adultos em terapia individual, de casal ou pré-matrimonial,  em Copacabana. Durante a pandemia de coronavírus, está atendendo apenas on-line.

Filmoterapia: Comer, rezar, amar