Estamos a poucos dias dos Dia dos Namorados. Muita gente fica triste por não ter um relacionamento amoroso (ou por estar em um que não seja realizador, pleno e satisfatório). Em reuniões de família sempre aparece uma tia que pergunta “você está namorando?”. E se não está, por que não? Como se isto indicasse um defeito seu.
Qual destas situações é a sua?
- você está em um relacionamento satisfatório e vai comemorar;
- você está em um relacionamento satisfatório mas acha bobagem comemorar – prefere as datas pessoais do namoro/casamento;
- você está em um relacionamento mas seu par acha total bobagem valorizar a data;
- você está só e fica mal, achando que todo mundo está se divertindo e só você que não;
- você está só, mas super bem, achando que existem coisas mais valiosas na vida, que Dia dos Namorados é só mais uma data comercial e que a qualquer momento pode surgir alguém interessante (ou não, também)
Há vários posts neste blog sobre relacionamentos amorosos, praticamente um para cada uma das opções acima. Alguns tratam das crenças românticas e sobre como elas atrapalham.
A comunicação do casal também recebeu bastante atenção, pois pode ser a causa do fim de um relacionamento, apesar de ainda haver amor.
Alguns filmes românticos contribuem para algumas destas crenças irreais sobre os relacionamentos – como, por exemplo, que não é preciso fazer nada ou falar nada para que o romance dê certo. A pessoa “certa” adivinhará todos os pensamentos e fará todas as vontades.
Infelizmente algumas pessoas acreditam nisto e emendam relacionamentos por acharem que não encontraram a relação ‘ideal’.
O link acima indica filmes mais antigos mas, se você lembrar de algum filme mais recente, mande a dica para que possamos atualizar.
Namoros na época dos aplicativos
A era digital revolucionou a forma de conhecer possíveis parceiros. Cada vez mais, os aplicativos – como Tinder e Hppn – são usados para evitar a ansiedade da abordagem em uma balada. Apesar destes apps aumentarem a possibilidade de conhecer gente, por si só eles não garantem satisfação amorosa.
Os vínculos não parecem mais fortes – por N razões que são debatidas em outros posts aqui. Mesmo namorando, as pessoas têm se mostrado cada vez mais inseguras nesta era de aplicativos. E também muito curiosas quanto às outras possibilidades que teriam se terminassem o relacionamento.
Expectativas e frustrações amorosas
Após o primeiro ‘date’, se a pessoa desaparece ou não se mostra interessada em marcar o segundo encontro, a outra pode ficar bastante frustrada. E até desistir do aplicativo.
Se este for seu caso, confira o que psicólogo Guy Winch aponta como razões para não haver o segundo encontro.
E, se for o caso, repense suas expectativas, seja flexível e pense nos seus valores e em como você age. Você age de forma compromissada, aproximando-se dos seus valores? Ou acaba se afastando deles?
Seus comentários são bem vindos. Conte o o que você pensa sobre a data e se planeja algo para esta quarta-feira. E se você quer saber como ser uma pessoa mais realizada, com a sua vida, como um todo, considere começar um processo de psicoterapia, expandindo a sua visão de mundo.
Thays Babo é Mestre em Psicologia Clínica pela Puc-Rio, com formação em TCC pelo CPAF-RIO e extensão em Terapia de Aceitação e Compromisso pelo IPq (USP). Atende a jovens e adultos em terapia individual, pré-matrimonial ou de casal, em Copacabana.
Durante a pandemia de covid-19, todos os atendimentos são online.