Cilada
O programa Cilada na TV era divertido, mas, no cinema, a piada se esgotou em pouco tempo. O tema é bastante atual – a privacidade exposta na internet, na famosa ‘sociedade do espetáculo’. Há tempos não se tem mais controle sobre o que está no seu celular ou foi publicado nas suas redes. Todo o cuidado com o que se diz, onde se vai ou com quem se está é pouco. Os nativos digitais têm ainda mais dificuldade de entender os riscos a que se expõem. . Ao mesmo tempo, não se pode ficar fora da rede impunemente e, por isto, tem de se achar o ponto de equilíbrio pra não se ficar paranóico. Ou seja, é um exercício e tanto de bom senso. O filme decididamente não comprou esta ideia. Tampouco focou nas disfunções sexuais (questão bastante comum no consultório), indo na linha de humor descompromissado. Se você não viu, confira o trailer.Outros 3 filmes
Depois disto, Amor a qualquer prova (no original, Crazy, Stupid, Love). Categorizado como comédia dramática, mostra um casamento de longa duração que acaba sem a gente saber porquê. Algumas vezes falta sensibilidade, noutras criatividade para repensar o relacionamento e se colocar no lugar do outro. Ah, isto é fundamental:empatia, para todos os tipos de relacionamento. E afinar a comunicação, o que fica difícil demais sem uma ajuda de fora (psicoterapêutica), porque o ego joga contra, em geral. Resumindo, o casal Weaver, formado pelos atores Julianne Moore e Steve Carell, depois de 25 anos de casado se separa, por uma traição. Carl tenta refazer a sua vida, mas sofre muito por estar afastado dos filhos e da ex-exposa. Correndo por fora, a história dos adolescentes descobrindo a sexualidade também é engraçadinha. O filme tem cenas bem divertidas e boa trilha sonora. Você pode gostar se você não for um adepto radical dos filmes de arte. Se for, talvez você prefira as duas próximas dicas. A primeira Um sonho de amor, filme super denso, daqueles a que você assiste pensando: ‘isto não vai acabar bem’. A categoria? Drama – e que drama! – familiar. Cenas lindíssimas, rodado na Itália, destacando Milão. Trilha e figurino ótimos. E o final… à la tio Boome (quem viu, vai entender). Os dois filmes acima podem servir até como filmoterapia em terapias de casal, se manejado apropriadamente… Aliás, em ambos os filmes, os casais não recorrem à psicoterapia em momento algum. Nem individualmente, nem como casal. E o último – que mereceria um post aprofundado, em outras épocas, é A árvore da vida. Até agora não encontrei consenso sobre este filme. E muita gente sai sem entender o filme. Algumas pessoas, antes mesmo que acabe. Alguns personagens são comoventes – como, por exemplo, a mãe, cuja fé não foi abalada mesmo diante de uma tragédia que desmontaria qualquer uma. Os questionamentos dela – e de outros personagens – e a falta de respostas diretas é algo que aflige a muita gente. São os questionamentos de Jó. A dureza do pai (Brad Pitt) também é comovente. Quem não conheceu um pai assim? O filme é repleto de simbolismos e tem uma fotografia fantástica. E você? Assistiu a algum destes? Ou outros? Deixe sua dica, conte de quais gostou.Thays Babo é Mestre em Psicologia Clínica pela Puc-Rio, com formação em terapia cognitivo-comportamental (TCC), pelo CPAF-RIO e extensão em ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso), pelo IPq (USP).
Durante a pandemia de coronavírus, a maioria dos atendimento é feita on-line. Atendimento a jovens e adultos em terapia individual, terapia de casal e terapia pré-matrimonial.
Filmes como terapia