Se nos concentramos no relacionamento amoroso (para Michael) e sexual (para Hanna), e não nas questões de ética e justiça, o filme gera outros ótimos debates.
Inicialmente, Michael estaria realizando uma fantasia de muitos homens: sua amante mais velha, que poderia ser sua mãe, não cobrava dele nada. Nem dinheiro, nem declarações nem garantias de amor eterno ou de uma aliança. Cuidava dele, como uma mãe – e foi o que o apaixonou? Não fazia nenhuma pressão sobre seus estudos e horários. Mas também sabia ser cruel como mães sabem ser.
No período em que viajam, quando a atendente pergunta a ele se ‘sua mãe’ gostara, ele não se choca, não se revolta, apenas sorri. Para quem acha que todo homem tem seu fundo Édipo, Hanna seria a Jocasta perfeita.
Não deixa de ser curioso que a relação de Michael com sua mãe biológica é completamente distante – ao ponto dele passar tempo sem ir vê-la e ela reclamar disto nele, já adulto.
E Hanna, tão apegada às regras e normas, à hierarquia, através daquele affair pode – pela primeira vez – exercer totalmente o poder sobre alguém. Permitiu-se o prazer mas também sem esquecer a disciplina.
Enfim, estou encantada com o filme e com seus desdobramentos.
AHA!!! Achei como postar! 😀
Tem um outro blog comentando o livro: http://verbeat.org/blogs/sergioleo/2009/02/ex-nazistas-e-neonazistas.html
Não sou muito de cinema: prefiro um DVD (original) em casa e, com isso exercito minha paciência… enquanto isso vou lendo suas resenhas… rsrs Acho que foi trauma de ter ido ao Imperator assistir Bete Balanço! KKK
Claudia, obrigada! Fui no blog que você indicou e comentei..
Ah, mas você lê as resenhas antes de ver o filme? perde o impacto… Sabe, antigamente adorava ver traillers mas agora to percebendo que muitos prejudicam totalmente! Eu não sabia como ele a veria no tribunal. Se eu tivesse visto o trailler, teria perdido muito a graça!
Beijos
Ps: ouvi dizer que iam reabrir o Imperator!