O Carnaval acabou oficialmente na quarta-feira de Cinzas. Como todos os anos, algumas pessoas ainda tentam esticar neste último final de semana. Mas muitas se deram conta de que está na hora de encarar o que adiaram desde o final do ano, a pretexto das ‘festas’. Retomar ou começar projetos que não saíram do papel – ou das ideias.

Quem é adulto já sabe que melhorias só acontecem mediante ações compromissadas, quando se avança na direção do que se quer, mediante esforço pessoal. “Ser feliz dá trabalho“. E como se comprometer consigo mesmo, diante de tantos estímulos contraditórios, vindos ‘de fora’? Ajuda bastante conhecer os próprios valores pessoais (e não os que sociedade, amigos e parentes tentam impor), para todas as áreas  da vida. Em todas, seja profissional, amorosa, familiar ou outra qualquer, não se escapa à responsabilidade diante da sua escolha. E é você que vai viver a sua vida, na sua pele. Lamentar-se apenas não tornará a sua vida melhor.

Como psicoterapeuta, ouço cada vez mais as pessoas se queixarem do desânimo, o cansaço e também da ‘falta de tempo’. Muita coisa se tem a fazer para o  pouco tempo que se tem e o estresse vem aumentando. Além disto, todas as mídias nos colocam metas, muitas vezes difíceis de atingir, ainda mais com o uso excessivo de tecnologia. Grande parte do tempo de que precisamos para atingi-las é gasto com excessiva interação através de mídias sociais, afastando as pessoas de seus projetos. Muitas não desligam seus celulares, nem para dormir, querendo saber de tudo o que acontece o tempo todo, de todas as novidades – desde o que acontece com os mais famosos a também com os anônimos. A esta tendência, tão recente quanto a internet, em termos históricos, se deu nome: FOMO ou The Fear of Missing Out (o medo de ficar por fora). Este abuso tecnológico também causa um prejuízo ao sono, trazendo como consequência danos à saúde física e mental. 

para onde você está indo?

Para onde você está indo?

Estudos têm relacionado uso intenso das redes sociais como Facebook e Instagram e o crescimento da depressão, principalmente entre pessoas mais jovens, que acompanham stories.

Até já está virando piada, na própria rede, num movimento de reação aos smartphones

stories

Acompanhar a vida de pessoas “formadoras de opinião” contribui para afastar  você da sua própria vida. Ao se comparar, ao invés de mirar no que você é ou no que realmente precisa fazer para se tornar o que quer vier a ser, a insatisfação com sua vida tende a aumentar. 

Lembre-se que a responsabilidade pela sua vida é basicamente sua, de se comprometer com você mesmo/a. Aproveite e começar o ano novo aqui e agora. Hoje. Avalie-se. E, se estiver difícil de observar sua vida e ver o que é preciso fazer diferente, se você não tem clareza, procure ajuda especializada.  Faça psicoterapia. 

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Thays Babo é  Mestre em Psicologia Clínica pela Puc-Rio, com formação em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) pelo CPAF-RIO e extensão em Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) pelo IPq (USP).

Atende a jovens e adultos em terapia individual, de casal e pré-matrimonial em Copacabana e on-line
 

Enfim, 2018. E agora?

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